Empreender dá dor!

Um dia você acorda no meio da madrugada com uma ideia que parece ser simplesmente genial. Os especialistas chamam este fenômeno de “insight”. Essa ideia parece ser tão perfeita que você acorda com a incrível sensação de dever feito. Em alguns casos, pessoas chegam a acordar, anotar a ideia e voltar a dormir. Sua sensação é que a ideia deve se materializar. Sim, é isso, a sua ideia é perfeita e absolutamente nada pode dará errado. E, assim, você se convence que que deve dar início ao incrível processo do empreender…

Mas o que significa empreender? O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicialmente pelo economista Joseph Schumpeter, em 1950. De acordo com Schumpeter, “sem inovação, não há empreendedores, sem investimentos empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona

O dicionário define empreendedorismo como a disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos, serviços, negócios. E ainda como a inciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes, gerenciamento que envolve alterações, inovação e riscos.

Para Peter Drucker, o empreendedorismo pressupõe uma economia empreendedora “é um evento tanto cultural e psicológico, quanto econômico ou tecnológico. ”  Possivelmente estes traços de dinamismo e movimento possam ser encontrados, nos dias atuais, em especial, se observarmos a economia brasileira.

O conceito do empreendedorismo está sendo muito usado no âmbito empresarial e está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos. Atualmente em um pais em crise, aparecem como uma solução mágica para resolver todos os problemas.  A promessa de “ser dono do próprio negócio”, seduz. A ideia mágica e perfeita do seu sonho, parece muito simples: é apenas uma questão de equacionar as coisas, certo? Errado! Não é tão simples quanto parece. Existem algumas regras para que isso seja simples assim.

 

Regra 1 – Tirar a ideia da sua cabeça e colocá-la no papel

Parece fácil não é mesmo? É só começar a escrever! Tirar a ideia da cabeça e colocar no papel significa que a partir deste momento esta ideia é passível de ser compartilhada e até mesmo “roubada”, e isso dá muito medo. Superado o medo, você finalmente coloca a sua ideia no papel. Não entre em pânico, a síndrome do papel branco também vai aparecer. Por onde começar? Comece escrevendo, sem se preocupar com a estética. Procure se concentrar na solução: sua ideia servirá para ajudar as pessoas a resolver algum problema ou alguma dor.

 

Regra 2 – Projetos têm nome e sobrenome

Bons projetos têm nome. A partir daí você começa a sentir um pouco mais do peso da responsabilidade: dar um nome para o seu projeto. É a mesma sensação de dar o nome para um de seus filhos. Mas lembre-se, em um negócio serão necessárias algumas “mães” e “pais” para dar corpo à sua ideia e finalmente ela conseguir se materializar. Incubadoras podem ser uma boa forma de iniciar o seu projeto.

 

Regra 3 – Modelo de Negócios

O modelo de negócios é a forma como você ganhará dinheiro, como a sua ideia será monetizada. Para facilitar a sua vida, procure modelos visuais – eles te ajudarão a organizar melhor as ideias. Aqui vai a minha sugestão: o BP Canvas é muito simples. Lembre-se, o modelo de negócios é dinâmico e passível de ser revisto a todo instante. Não se esqueça de que você está motivado e vai conquistar o mundo!

 

Regra 4 – Materialize a ideia

Faça um protótipo funcional da sua ideia. Agora é a hora de testá-la. Verifique como o seu protótipo se comportará. É possível que as pessoas gostem muito da ideia ou não. Várias dúvidas e um pouco de frio na barriga.

 

Regra 5 – Não desista

Você terá algumas noites difíceis! Serão noites mal dormidas arrumando mais algumas funções ou simplesmente dando soluções as questões fundamentais do futuro do seu negócio. Sim, você descobrirá que errou em algumas coisas. Isso faz parte do processo. Neste momento, você parte para o primeiro reparo e gasta dinheiro para consertar seu próprio erro.
Alguns passos à frente, você descobre que errou de novo ao chamar determinado fornecedor. E novamente isso pode doer. Então você descobre que não tem mágica: ninguém conhece seu negócio melhor que você mesmo. Volte a alguns passos para trás. Tem sim uma boa dose de planejamento, de execução bem-feita. Lembre-se cada passo, cada erro, cada acerto, podem doer muito ou pouco e eles irão doer! Deve ser por isso que a fantástica palavra “empreendedor” tem DOR no final.

E se você falhar, lembre-se que faz parte do jogo! Comece tudo de novo, é errando que a gente aprende! Não desista nunca! Lembre-se do que diz Augusto Cury: Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história”…

Quantos projetos você deixou para trás? Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos? Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la.”

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